sábado, 23 de janeiro de 2010

Manu Velho



Às 6:30 da manhã acordo. Às 7:00, saio de casa. Às 9:40 como alguma coisa pra despistar a fome. Às 13:00, almoço. Mas não é assim pra todo mundo. Talvez a gente possa nos diferir pelos nossos próprios horários malucos. O servente do pedreiro que está trabalhando aqui perto da minha casa deve levantar mais ou menos no mesmo horário que eu. Mas nossas vidas tomam rumos diferentes a cada vez que o sol nasce outra vez. Às 7:00 ele começa a trabalhar. Às 9:40, continua trabalhando. Ao meio dia recebe sua marmita e come calado. Come quieto como bom mineiro. Às 17:00 ele recebe seus míseros trinta reais diários e volta pra casa. Encontra a esposa, talvez mal-humorada, reclamando das contas que chegaram. Ou quem sabe feliz, pelo simples fato de ter vencido mais um dia. Encontra os filhos chupando o dedo. E talvez ele chupe o dedo também. Quando estava voltando da viagem que fiz para a praia, vi um moço pela estrada, de madrugada. O relógio devia estar marcando umas 4:00, no máximo. Ele caminhava como quem já não quer nada.

Desde muito antes de Cristo as pessoas já sentem essa necessidade maluca de serem controladas pelo tempo. Relógios de sol, de água, de areia. Relógios de pêndulo, de parede, de bolso, de pulso, digitais. Desapareceu do mapa o nosso relógio biológico. Somos controlados e cruelmente limitados por ele, que dita todas as regras. Que diz a hora certa de almoçar, jantar, acordar, ir dormir, sair para o trabalho, voltar pra casa, dormir com a esposa.

Quem acorda depois das nove é preguiçoso e não quer saber de nada. Onde já se viu? Quem acorda antes do despertador é ativo, animado, disposto, trabalhador. E “Deus ajuda quem cedo madruga”, então ta aí uma pessoa de sorte. Quem almoça as dez da manhã é um descarado, insano de tudo, totalmente sem noção. Perdido na vida. Dá dó. Quem almoça depois das três da tarde é um tremendo farrista. Festeiro nato, é claro. Deve ser meio folgado, não quer saber de trabalho e deixa a vida levar. Ah, e é provável que esteja comendo churrasco enquanto você, pessoa normal que acorda as seis pra trabalhar, faz o horário de almoço direitinho ao meio dia e chega de volta na hora certa todos os dias e às vezes faz até hora extra, que é pontual, trabalhador e correto com suas obrigações, que janta no horário certo e dorme cedo, está aí. Pois ainda digo que quem dorme tarde demais é meio vagabundo. Não tem muito o que fazer, provavelmente não tem emprego ou ocupações. Ah, e o que esse alguém fica fazendo até tão tarde também é de produtividade duvidosa. Talvez assista programas inúteis na televisão, talvez entre em sites de pornografia na internet, enfim. Esse é o perfil dos que arrastam madrugada afora de olhos bem abertos. Afinal, pessoas equilibradas dormem cedo, portanto assistem ao Jornal Nacional, à novela das nove e, quando muito, ao BBB. Certo?

Errado. É muito chato viver nessa correria idiota que a gente vive. Corremos sem saber pra onde, sem saber se chegaremos inteiros. E quase nunca chegamos. E a cada parada estamos mais vazios. A cada ponto em que paramos pra respirar, menos ar consegue chegar aos nossos pulmões e menos gente conseguimos enxergar, de fato, ao nosso lado. Tanta gente que desceu na estação anterior. Tanta gente que já se foi, não agüentou a pressão. Estamos sós. A nossa companhia é o tempo, nosso próprio assassino. Cada segundo é um segundo a mais e um segundo a menos. Um segundo que chegou e que se foi, muito antes de você notar. Não deu tempo nem de piscar os olhos e mais um ano de passou. Um ano, dois, três, quatro... Uma década. De vida.

O que a gente faz da vida da gente é responsabilidade nossa. Não, o acaso não tem culpa. O destino não é tão cruel assim. É errado a gente sempre se esconder na fatalidade e se consolar com impossibilidades. Mas é certo a gente pensar direito no que queremos para o próximo segundo, que era futuro, se fez presente e virou passado antes de você ler. Já dizia Cazuza, que o tempo não pára e a gente ainda passa correndo. Ouvi hoje uma coisa muito inteligente: pra gente conseguir ter orgulho do nosso passado, precisamos estar satisfeitos com nosso presente. Satisfação no hoje é isso. É presente.

Amor e Paixão


O dicionário diz:

Amor: Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem; Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa.

Paixão: Sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão; Amor ardente; Inclinação afetiva e sensual intensa; Entusiasmo muito vivo por alguma coisa; Atividade, hábito ou vício dominador.

O meu coração pode até, vez ou outra, se confundir. Mas o Aurélio não mente. Paixão e amor: qual seria a diferença? Onde será que termina um e começa o outro? Ou será que os dois sentimentos são inseparáveis e confundíveis?

Fomos habituados a entender a paixão com uma certa vulnerabilidade. Estou errada? Uma ardência efêmera que vai embora com a mesma facilidade, rapidez e descontrole com que chega. Paixão é o diagnóstico que nossos pais fazem de tudo o que sentimos enquanto somos jovens. Pela vida, pelo outro, pelo que fazemos, por um ídolo ou pelo que quer que seja: é sempre a paixão avassaladora, inconseqüente, atrapalhada e muitas vezes até errante. Dignos de se apaixonar, com toda a intensidade que a paixão carrega. Com direito a todos os sonhos impossíveis, malucos, incoerentes. Com toda a pressa e o suor da juventude. De todo o coração.

Mais tarde, nos tornamos adultos e ganhamos o direito de amar. Afinal, amar seria algo sério demais pra nossos coraçõezinhos pequenos que, aos olhos do mundo, mal sabem distinguir um sentimento do outro. Agora sim, amamos de verdade. O amor sim é seguro, é calmo, é tranqüilo, é pra sempre. Não é assim que a gente aprende? O amor é pacífico, saudável, tolerante, tem chances de ser eterno e pede casamento, compromisso, hora e encontro marcado. Dignos de amar, com toda a serenidade e seriedade que o amor carrega. Com direito à amizade, companheirismo e fidelidade pra vida toda. Até o fim da trilha. E com todo o comprometimento da maturidade.

Fomos ensinados que a paixão vai embora e deixa apenas o amor. Sozinho na estação esperando um trem que nunca chega. O amor ali, plantado. Esperando algo que o faça sentir e que desperte o que quer que seja. E a paixão nunca mais volta, leva embora consigo tudo o que é belo, novo, encantador. É assim a vida cônjuge da maioria dos casais. E é assim mesmo que todo mundo diz que tem que ser. Se fica o amor, as pessoas continuam juntas, mesmo sem intensidade, sem pressa, sem loucura, sem inconseqüência. É um sentimento maduro, livre das turbulências, dos encontros e desencontros inesperados, das surpresas, dos beijos intermináveis. É uma convivência monótona que, lá fundo muitas vezes carrega consigo um desejo de libertação. Não seria vontade de libertar-se do outro, mas de libertar-se daquela mesma realidade que persegue há anos sem mudança. Sem nada acontecer sem que haja milhões de planos ou agendas de mil folhas. É uma repreensão quase absoluta, um verdadeiro cárcere.

Conheço alguém cujas idéias são realmente revolucionárias e inusitadas que me disse que não acredita no amor pela companheira. Mas que acredita em algo muito maior: a paixão. Apaixonar-se todos os dias pela mesma mulher. Parece lindo até aí, não é? Mas não amá-la. Parece rude e até meio “animal”, certo? À primeira vista, entendemos a paixão como algo unicamente instintivo. E talvez até seja. Confesso que a princípio a idéia me chocou e eu preferi nem pensar a respeito pra não correr o risco de concordar, porque seria duro desacreditar no amor pelo ser tão procurado, essa tal alma-gêmea.

Será que essa paz de quem ama não seria justamente quem tira a euforia da paixão? Será que não é justamente o amor que faz as relações perderem o ápice, a inquietude, a loucura, o desejo, a tentação, a perdição? Será que o amor não é mesmo o encontro errado e marcado quando, na verdade, o que sustenta a relação é justamente o imprevisível? Que ironia se for mesmo assim! Logo o amor que é o que a gente mais procura, é o assassino cruel das emoções. O Aurélio mesmo confirmou que a paixão é um amor ardente. Então, a paixão é mais que amor. É o complemento do amor que, quando morre, reduz todas as reticências à simples pontos finais. Noites nunca mais serão mal-dormidas, regadas de insensatez. Dias não mais serão cheios de saudade e ansiedade para a noite que está por vir. Porque essa noite será como todas as outras. De sono. E não mais de sonho. Quem ama respira enquanto quem se apaixona – e o melhor, se apaixona todo dia – sempre, sempre inspira.

Então eu grito:

AFRODITE: TRAGA-NOS DE VOLTA A INS-PIRAÇÃO!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010



... Estou apaixonada. E este amor vai decerto arrastar-me
para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha
possível... Posso acabar por perder tudo. Mas já não posso
voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que
comece a arder, mesmo que desapareça para sempre...



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Amor e Amizade


Perguntei a um sábio a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade:

O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,
na Amizade, compreensão.

O Amor é plantado e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,

e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

Afastamentos

Li esse texto no Blog do Citrão. Achei perfeitoo!!!


Os afastamentos acontecem e fazem parte da vida. As pessoas têm suas coisas, suas vidas. Nos últimos tempos, falta tempo. Falta tempo para muita gente.

Tenho pensado muito nisso. Queria parar e ligar para as pessoas queridas que há muito não vejo. Fico triste porque a rotina de compromissos me afasta do próprio desejo. Esqueço e, quando lembro, já não há tempo.

Quem está afastado, porém, não precisa estar distante. Amigo que é amigo, sempre está presente. Os amigos ficam conosco. Onde quer que estejamos, nos acompanham. É quase uma sina. Ficam pertinho, apesar de estarem a quilômetros, às vezes.

Aprendi há muito tempo que os amigos não são apenas eles e suas roupas, manias, gostos e sorrisos. São tudo isso e o que por eles sentimos. É assim que nos transformamos em amigos.

Para tê-los presentes, os amigos não precisam acampar em nossos caminhos. Eles simplesmente ficam. E continuam ficando, queridos, presentes, a despeito da falta de um abraço gostoso.

Neste momento, por exemplo, estou acompanhado enquanto escrevo.
Ficamos por aqui, solitários no garimpo dos pensamentos. Estamos eu, o computador e não sei quantas pessoas queridas. Muitas delas, há anos não vejo. Solenes, dividimos o silêncio barulhento da criação.

Tomam um cafezinho, zombam de minhas dificuldades, participam de minhas angústias, alegrias e necessidades. Ninguém vê, ninguém de fora sente. Eles estão em mim, na verdade.

Mesmo que não se queira, as pessoas que importam passam a fazer parte da gente. Talvez por isso, seja tão difícil a amizade. O perfume do amigo é permanente, não sai. E o que fizermos de errado ficará, para sempre, com o perfume de nossa gente, de nossos amigos.

No fundo, no fundo, os afastamentos não deveriam incomodar. Por uma ligação qualquer, uma internet intergalática que não usa Windows nem cai no meio do bate-papo, volto a conversar, mesmo sem querer, com as pessoas de quem gosto.

Escrevo agora e sinto os perfumes de muitas amizades. Emprestam palavras, sugerem sentimentos e dão a certeza de que, até nos piores apertos, sozinho eu não fico.

Alguns médicos ainda não sabem, mas o corpo humano é formado por cabeça, tronco, membros e... amigos.






Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto táctil,
que me cega, como a chuva cai
na minha cara, de faces nuas,
oferecidas sempre apenas à água.


Poema: Fiama Paes Brandão
Fotografia: Marius Sabo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pra pensar...

Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminheiro chega em casa todo orgulhoso e chama a sua esposa para ver o lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos 20 anos de trabalho.Era o primeiro que conseguia comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada.A partir daquele dia, finalmente seria seu próprio patrão.
Ao chegar à porta de casa,encontra seu filhinho de seis anos,martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão. Irado e aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e,sem hesitar, completamente fora de si,martela impiedosamente as mãos do garoto,que se põe a chorar desesperadamente sem entender o que estava acontecendo.
A mulher do caminhoneiro corre em socorro do filho,mas pouco pôde fazer.Chorando junto ao filho,consegue trazer o marido à realidade, e juntos levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos provocados. Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão,que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados. Porém, o menino era forte e resistia bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo no quarto.
Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um sorriso e disse ao pai:
-Papai, me desculpe. Eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo.
O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha mais importância. Não estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele, e que a lataria do caminhão não tinha estragado.
Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:
- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- É claro que não! – respondeu o pai.
Ao que o menino pergunta:- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?
Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos,e muitas vezes não podemos “sarar” a ferida que deixamos. Nos momentos de raiva, tente parar e pensar em suas atitudes, a fim de evitar que os danos seja irreversíveis.Não há nada pior que o arrependimento e a culpa. Pense nisto!

Quem disse q ser adulto é fácil??

"Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu!
Deu certo durante cinco anos, só que acabou.

E o bom da vida, é que você pôde ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam.
Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?

E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.

Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você.
E vice-versa.

Não fique com alguém por pena.
Ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar.

Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.

Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte.
Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse...

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta.
É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?"

Nos meus relacionamentos anteriores aprendi:



Que o melhor que temos a fazer quando alguém tem dúvidas ao nosso respeito é ter paciência para que a pessoa tire suas próprias conclusões e não alimentar muitas expectativas (por mais difícil que seja) para não ferir nosso próprio coração.

Que não importa quantas pessoas existam no mundo mais bonitas que você. Você foi escolhido pelo seu todo. Mas também entendi que se a ex for mais bonita, é natural ficar insegura e neste caso o melhor a fazer é ficar bem, ir ao salão de beleza e renovar o guarda-roupa.

Que o importante não é ter exclusividade, mas sim prioridade, pq não importa por quantas pessoas você se interesse, o que importa é quem você escolhe para dividir os melhores e piores momentos com você. E tbém pra onde vai seu pensamento na hora em que a cabeça encosta no travesseiro.

Que o ciume não ajuda nenhum relacionamento a ser mais feliz, e que se você precisa de ciume para se sentir querido, é melhor procurar um terapeuta do abraço, para aumentar as doses de carinho na sua vida.

Que tesão é essencial, e nada fora as tais ciências biológicas e química podem explicá-lo racionalmente.

Que sem admiração e sem respeito a coisa não vai pra frente, mesmo que seja o melhor sexo, a melhor piada e o melhor amigo, simplesmente não dá.

Que nos momentos de raiva é melhor respirar fundo e dar uma volta, pq as palavras machucam muito e é melhor ter certeza do que se está fazendo.

Que fazer tudo junto com a pessoa amada é uma delícia, até que se torne obrigação. Quando se torna, o melhor é encontrar mundos separados para que a novidade exista, assim como a saudade e aquele gosto bom de se conhecer nunca se perca.

Que sintonia é algo que vai e vem, e que para mantê-la o importante é admirar o parceiro, como ele realmente é.

Que a sensação de borboletas no estômago antes do encontro, felicidade eufória quando o telefone toca e todas estas demais sensações da apaixonite são maravilhosas, mas temos que nos conformar que elas serão sim substituídas por outras tão boas e de igual valor como companherismo, carinho e amizade incondicional.

E finalmente a que mais tem a minha cara: não adianta gostar dos espertinhos, eles podem até proporcionar umas sensações mt boas, mas na hora que o jogo começa de verdade, não serão eles que poderão me fazer feliz, e sim os ingênuos, bobos e de bom coração, como eu. Portanto, podem até dizer que os oposto se atraem, mas é a semelhança que mantém os corações assim, um pertinho do outro.

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida..."

A sorte de um amor tranquilo...

Eu quero a sorte de alguém do lado a toda hora, a companhia certa para todos os momentos. O parceiro de viagem que topa tudo, o colega que vai comigo provar novos temperos, comidas e sabores. O amigo que divide alegrias e angústias. Os pequenos detalhes dividos com aquela pessoa especial. O amor verdadeiro que cresce ao longo do tempo e que quanto mais dividimos mais ele se multiplica. O companheiro de passeios. Um descobridor do mundo, empolgado como eu.

O que eu quero mesmo é SÓ alguém do lado, para COMPARTILHAR!!!

Sem crise

Tem gente que não tem crise, e este, definitivamente, não é o meu caso. Eu tenho. De todos os tipos. De riso, de nervos, existencial, familiar, afetiva, profissional, mas principalmente em relação aos meus objetivos e ao que realmente sou (vulgo crise do auto-conhecimento).

Sei lá, eu vejo gente que não tem esta necessidade de ficar pensando como eu. E nem de ter tantas razões, nem de se perguntar o porquê de tudo. Gente que trabalha, namora, viaja, estuda, faz churrasco no final de semana e pronto; é feliz assim. Pura e simplesmente. É claro que tbém tem gente que se engana. Que passa a vida tendo os mesmos problemas pq não reflete e não se entende. Não entra em crise pq vive em crise... e nem vê.

Mas isso não é exatamente uma questão de escolha. Eu sempre fui deste jeito. Sempre fui de ficar pensando e pensando. Acho que é da minha natureza. E tem umas vantagens... Geralmente as minhas alegrias são mt verdeiras, e as minhas tristezas são resolvidas. Eu tenho uma lógica pra elas.

Mas eu caio do cavalo quando o assunto é sentimental, pq nem sempre a gente sente o que é mais lógico sentir. E haja psicologia para viver justificando os seus próprios pensamentos e atitudes. Mas é aquela questão de se conhecer, se perceber e ser bem sincero consigo mesmo. Uma questão que eu particularmente acho que vale bem a pena.

As pessoas que naturalmente ficam bem são seres que eu considero mt evoluídos. São aquelas que mantém a calma, que respeitam o aprendizado, que escutam com atenção. E vendo como elas são eu vou me guiando, e espero um dia chegar lá tbém.

Mas enquanto isso não acontece eu tenho as minhas crises.
E acredita que eu sou feliz assim? Pq consigo ver o lado bom! E agora, que eu não pago mais a minha crise a prestação, eu tenho a esperança de que tudo melhore, afinal, mesmo que você ainda esteja no primeiro passo de uma longa jornada, saber que está no caminho certo é extremamente bom! =)

*Viver para ser melhor também é um jeito de viver a vida!*

Valeu, foi bom, adeus!!

O ano de 2009 foi bem introspectivo pra mim, o que, graças a Deus, eu aprendi, que não tem nada a ver com infelicidade. Não produzi tanto, não tenho resultados para mostrar, não tenho conquistas palpáveis para exibir. Mas estou satisfeita com o resultado... com o meu resultado. Pq eu fiz exatamente o que tinha me proposto a fazer no encerramento de 2008; evoluir.

No ano de 2009 eu me conheci...profundamente! Revi muitos dos meus conceitos, repensei as coisas que eu gostava, reformulei minha vida. Mudei... muito! Até cansar. Aprendi. Com a dor, com o amor, com as experiências e com os conselhos. Conheci lugares, pessoas... De todos os tipos! Umas que valeriam a vida, outras que não valeriam um centavo. Descobri, um pouco, a respeito da pessoa que quero me tornar. Me perdi nas possibilidades da vida e me achei em braços e abraços. Trabalhei; pouco, muito. Aprendi o significado da palavra responsabilidade e acho que finalmente e inevitavelmente, me tornei adulta. Emagreci 6kg.Me apaixonei! Arrebatadoramente. Chorei, com e sem motivo. Descobri e refinei habilidades em mim mesma (maquiar, organizar festas, escrever, aconselhar, ensinar, receitar medicamentos...rsrs). Superei medos (Ual! Isso foi realmente mt bom!). Deixei minhas unhas crescerem pela primeira vez e gostei tanto que fiquei amiga da manicure. Fiz novos amigos e cultivei grandes, boas e velhas amizades (as quais eu precisei recorrer muito neste ano). Conversei, muito! Mas aprendi a ouvir. Passei mais tempo em casa e percebi que prefiro passar menos (rs). Permaneci boa parte do tempo em um ambiente completamente diferente. Dei valor a coisas distintas.

Entrei em uma grande crise e não sai ainda, mas me sinto cada dia melhor! Me tornei mais serena, mais calma, mais paciente e menos espivetada. Aparentemente menos alegre, mas intimamente mais feliz.

Obrigada, a todos que participaram deste meu ano.
Obrigada Deus, por me dar tantas novas chances para ser cada dia melhor.
E que venha 2010! =)